Este artigo é uma sinopse dos debates, análises e contribuições havidas no âmbito da Reunião Estratégica nº 21 do Smart City Business Brazil Congress 2022, ocorrido na cidade de São Paulo, no dia 26 de maio de 2022.
A reunião contou com a presença de vários CEOs de empresas atuantes tanto no segmento 5G quanto no segmento de Smart Cities, sendo o destaque a presença de Ministro das Comunicações Fábio Faria, que abriu os debates resumindo a atuação e o esforço de seu Ministério para realizar o leilão do 5G em 2021. Destaque para a promoção do primeiro leilão não arrecadatório da história da indústria celular, com o financiamento pelos vencedores de projetos estratégicos, como a da integração da Amazônia, da rede privativa do Governo Federal e a interligação das escolas.
Desde o final de 2021, a iniciativa privada tem a responsabilidade de implantar os sistemas e não são poucos os desafios, a começar pelo gerenciamento de orçamentos para implantação de projetos de desenvolvimento na Amazônia e a interligação das escolas. A responsabilidade pela limpeza do espectro e reacomodação da TVRO, a implantação da rede privativa da administração pública, além da implantação do 5G propriamente dito.
Embora o Governo tenha inicialmente feito a sua parte, sua presença ainda é muito necessária na supervisão da implantação das obrigações e na cooperação entre ele e as empresas, que se dará por longos anos.
A diversidade de CEOs permitiu que se estabelecesse alguns denominadores comuns entre as tecnologias, sendo que as PPPs de iluminação pública estabelecidas podem dar grande contribuição à implantação do 5G.
O Projeto Conecta 5G cria uma ponte entre os 2 serviços (5G e iluminação pública), através de uma luminária inteligente que permite o uso de mobiliário urbano com Small Cells 5G integrada. O projeto foi desenvolvido pela ABDI, no âmbito do projeto Conecta 5G, em uma parceria entre a Juganu, a Nokia e a Qualcomm. Não resta dúvidas de que este equipamento pode incrementar a sinergia entre os serviços e permitir que as PPPs de iluminação estabelecidas possam prestar serviços às operadoras de 5G.
As empresas fornecedoras de equipamentos, Ericsson e Nokia já estão preparadas para os desafios de implantação, ambas com larga experiência internacional no 5G. Todavia, existem algumas preocupações quanto ao desafio da implantação do 5G no Brasil.
Entre eles, nos quais o Governo pode dar sua contribuição, 4 são evidenciados: (i) a questão dos postes, cujo problema se arrasta a quase uma década e antepõe as distribuidoras de energia e as operadoras de telecom de serviços de banda larga. A implantação do 5G vai demandar sobremaneira o uso de postes e pode impactar no cronograma das empresas. O assunto assumiu tal relevância que está em debate no âmbito do Congresso; (ii) a legislação dos municípios sobre a instalação de antenas; (iii) a falta de mão-de-obra especializada; e (iv) a falta de desenvolvimento de tecnologia nacional, que permitiria outros projetos similares ao desenvolvido no âmbito do Conecta 5G.
Outra questão importante debatida foi a utilização de redes neutras para a operação do 5G, sendo perfeitamente possível o uso de redes neutras pelas operadoras que se concentrariam no atendimento do cliente final com um ganho no time-to-market. Inclusive, o 5G não representa uma ameaça às redes neutras, pois é uma tecnologia que, graças a sua característica de carregar grande número de elementos por km2, torna-se uma importante aliada à prestação dos serviços de IoT ao mercado.
Finalizando, é consenso que a parceria entre os setores público e privado pode contribuir para o avanço do 5G no país e que este poderá contribuir, por sua vez, para o desenvolvimento de todas as redes existentes.
Elaborado por:
Caio Bonilha - CEO da Futurion Análise Empresarial
Participaram da Reunião Estratégica e colaboraram para esse artigo:
Este artigo é uma sinopse dos debates, análises e contribuições havidas no âmbito da Reunião Estratégica nº 21 do Smart City Business Brazil Congress 2022, ocorrido na cidade de São Paulo, no dia 26 de maio de 2022.
A reunião contou com a presença de vários CEOs de empresas atuantes tanto no segmento 5G quanto no segmento de Smart Cities, sendo o destaque a presença de Ministro das Comunicações Fábio Faria, que abriu os debates resumindo a atuação e o esforço de seu Ministério para realizar o leilão do 5G em 2021. Destaque para a promoção do primeiro leilão não arrecadatório da história da indústria celular, com o financiamento pelos vencedores de projetos estratégicos, como a da integração da Amazônia, da rede privativa do Governo Federal e a interligação das escolas.
Desde o final de 2021, a iniciativa privada tem a responsabilidade de implantar os sistemas e não são poucos os desafios, a começar pelo gerenciamento de orçamentos para implantação de projetos de desenvolvimento na Amazônia e a interligação das escolas. A responsabilidade pela limpeza do espectro e reacomodação da TVRO, a implantação da rede privativa da administração pública, além da implantação do 5G propriamente dito.
Embora o Governo tenha inicialmente feito a sua parte, sua presença ainda é muito necessária na supervisão da implantação das obrigações e na cooperação entre ele e as empresas, que se dará por longos anos.
A diversidade de CEOs permitiu que se estabelecesse alguns denominadores comuns entre as tecnologias, sendo que as PPPs de iluminação pública estabelecidas podem dar grande contribuição à implantação do 5G.
O Projeto Conecta 5G cria uma ponte entre os 2 serviços (5G e iluminação pública), através de uma luminária inteligente que permite o uso de mobiliário urbano com Small Cells 5G integrada. O projeto foi desenvolvido pela ABDI, no âmbito do projeto Conecta 5G, em uma parceria entre a Juganu, a Nokia e a Qualcomm. Não resta dúvidas de que este equipamento pode incrementar a sinergia entre os serviços e permitir que as PPPs de iluminação estabelecidas possam prestar serviços às operadoras de 5G.
As empresas fornecedoras de equipamentos, Ericsson e Nokia já estão preparadas para os desafios de implantação, ambas com larga experiência internacional no 5G. Todavia, existem algumas preocupações quanto ao desafio da implantação do 5G no Brasil.
Entre eles, nos quais o Governo pode dar sua contribuição, 4 são evidenciados: (i) a questão dos postes, cujo problema se arrasta a quase uma década e antepõe as distribuidoras de energia e as operadoras de telecom de serviços de banda larga. A implantação do 5G vai demandar sobremaneira o uso de postes e pode impactar no cronograma das empresas. O assunto assumiu tal relevância que está em debate no âmbito do Congresso; (ii) a legislação dos municípios sobre a instalação de antenas; (iii) a falta de mão-de-obra especializada; e (iv) a falta de desenvolvimento de tecnologia nacional, que permitiria outros projetos similares ao desenvolvido no âmbito do Conecta 5G.
Outra questão importante debatida foi a utilização de redes neutras para a operação do 5G, sendo perfeitamente possível o uso de redes neutras pelas operadoras que se concentrariam no atendimento do cliente final com um ganho no time-to-market. Inclusive, o 5G não representa uma ameaça às redes neutras, pois é uma tecnologia que, graças a sua característica de carregar grande número de elementos por km2, torna-se uma importante aliada à prestação dos serviços de IoT ao mercado.
Finalizando, é consenso que a parceria entre os setores público e privado pode contribuir para o avanço do 5G no país e que este poderá contribuir, por sua vez, para o desenvolvimento de todas as redes existentes.
Elaborado por:
Participaram da Reunião Estratégica e colaboraram para esse artigo: