Este artigo pretende constituir-se num instrumento útil de referência e consulta mercadológica, sendo a sinopse das pesquisas, debates, análises e contribuições havidas no âmbito da Reunião Estratégica nº 14 do Smart City Business Brazil Congress 2022, ocorrido na cidade de São Paulo no dia 25 de maio de 2022.
Durante o Smart City Business Forum, tivemos uma mesa de conversa e debate sobre o Metaverso, explorando suas aplicações em setores e empresas, iniciativas estratégicas relacionadas ao metaverso e, também, sobre os resultados já obtidos em projetos realizados.
A discussão foi estruturada em três blocos sendo, o primeiro, sobre a contextualização das tecnologias relacionadas ao metaverso, bem como as atuais aplicações em projetos de inovação que objetivam comprovar hipóteses e habilitar estas tecnologias.
Enriquecedora visão sobre o avanço que estamos tendo nas tecnologias emergentes - em realidade estendida (RV, RA, RM), blockchain, inteligência artificial, 5G, digital twins, IoT, dentre outras, que, por um lado, estão sendo impulsionadas e evoluídas por grandes techplayers e, por outro, estão sendo utilizadas por usuários digitalmente transformados após a pandemia.
Neste primeiro bloco refletimos sobre a evolução dos dispositivos e devices, que possibilitam experiências digitais em 3D como nunca, cada vez mais vestíveis e democráticos, que habilitarão a ancoragem de objetos digitais presentes no mundo físico. Também, a exponencial velocidade que temos em processamento de dados e informações, possibilitando projetos extremamente complexos com machine learning, inteligência artificial e computação quântica, o que nos leva a uma nova capacidade para trabalhar com digital twins.
No segundo bloco, questionamos sobre projetos que estão sendo trabalhados com estas tecnologias, os setores e empresas que estão aplicando as tecnologias emergentes para gerar novos modelos de negócios e quais as capacidades necessárias para o desenvolvimento desses projetos. Foi consenso que, de forma geral, todos os setores “pularam neste novo hype”, pois estão investigando, aprendendo, e implementando o que chamamos versão 1.0 do metaverso, numa onda positiva de investigação, experimentação e adoção das primeiras soluções “metaversicas”.
Em sequência, no terceiro bloco, discutimos e elencamos alguns resultados que estão sendo alcançados após a aplicação de protótipos e casos de uso, utilizando estas tecnologias emergentes.
Em resumo, 4 importantes resultados foram identificados, sendo o primeiro orientado a discussão de KPIs e modelos de negócio, onde as tecnologias habilitam jornadas digitais que reduzem custos e permitem a conversão de novos negócios; em segundo, a comprovação de hipóteses tecnológicas e desenvolvimento de assets - importantes para tornar a experiência ainda mais inovadora; em terceiro, estes projetos materializam ideias, ajudam e potencializam o entendimento sobre a tecnologia e a utilização pelos usuários, ajudam a engajar sponsors, stakeholders e parceiros. E, por último, a importância na conexão com o ecossistema para identificar capacidades inovadoras que aceleram projetos, validam hipóteses, mentoram e fazem a conexão com o mercado.
Esta fantástica oportunidade, de parar por um momento, para discutir o tema metaverso com pessoas “feras” que entendem do assunto, trouxe aos participantes e convidados uma nova visão sobre as aplicações do metaverso, que vai muito além de criar ambientes nas plataformas de entretenimento e games, além também das experiências com NFTs e 5G. Que estamos dando apenas os primeiros passos em direção a uma grande transformação tecnológica e de modelos de negócios.
Outro ponto também mencionado por todos, é a necessidade de desenvolver as capacidades necessárias para testar as tecnologias, pois tratam de skills novos de engenharia, arquitetura e arte 3D, ligados a computação espacial, arquiteturas em nuvem, cybersecurity, realidade estendida, blockchain, dentre outros novos conhecimentos que estão em plena ebulição.
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Participaram da Reunião Estratégica e colaboraram para esse artigo: