Ao longo dos anos, temos acompanhado ações e projetos desenvolvidos por gestores públicos municipais, que objetivam promover o crescimento e desenvolvimento dos municípios brasileiros. Para este desenvolvimento, a mola mestra é uma gestão eficiente e focada em projetos. Todavia, realizar uma gestão municipal eficiente, garantir o cumprimento das propostas e projetos, associados as metas e obrigações das prefeituras brasileiras, tem sido um grande desafio aos gestores públicos, ainda mais com o surgimento da pandemia. Este desafio, além de envolver questões de ordem política, em sua maioria envolvem condição orçamentária para execução do plano de governo e metas, ainda mais com a perda recente de receita, dado o contexto econômico. As finanças municipais são construídas de diferentes receitas, sendo de origem próprias (IPTU, ISSQN, ITBI, etc.) ou de transferência do Estado e União. A transferência dos recursos oriundos do Estado e União para os municípios, respeitam uma série de critérios definidos constitucionalmente e com isso, já trazem para os gestores municipais, um grande desafio na gestão destes recursos. Adicionalmente, o Governo Federal, via Ministério da economia tem reiterado o desejo de reduzir estes repasses, transferido as obrigações diretamente aos municípios. Considerando este fato, as arrecadações de receitas próprias são fundamentais para garantir que o orçamento municipal seja adequado, sustentando que o cumprimento do plano de governo, projetos e obrigações dos municípios sejam realizados com êxito. Quando analisamos as fontes próprias dos municípios brasileiros, identificamos normalmente como principais origens, a cobrança de tributos, como, IPTU, ISSQN, ITR, Taxas Municipais e outros. Ao avaliarmos o contexto de grande parte dos municípios brasileiros, identificamos alguns problemas que geram impacto significativo na arrecadação própria, onde podemos citar algumas delas: Grande parte dos desafios encontrados podem ser evoluídos com a implantação de procedimentos e ferramentas de apoio a operação e gestão. Já são dezenas de casos de sucesso de prefeituras, que ao adotarem soluções de GeoInteligência, tiveram significativo impacto nas arrecadações próprias. As Soluções de Geointeligência são ferramentas essenciais para apoiar o gestor público no conhecimento do seu território, na melhoria da qualidade e confiabilidade das informações do cadastro técnico multifinalitário, na transparência da gestão pública e atendimento ao munícipe e, consequentemente, na melhoria de arrecadação das suas receitas próprias. Investir na implementação de uma Solução de Geointeligência como ferramenta de suporte ao gestor público municipal, é sem dúvida, fator determinante para garantir que os problemas listados anteriormente, sejam minimizados a curto prazo e que sejam eliminados a médio/longo prazo. Essa citação temporal é importante, pois a construção de um projeto de Geointeligência em um município, como apresentado no artigo “7 Principais Desafios dos Projetos de Geointeligência no Brasil”, tem uma série de objetivos, que são alcançados à medida que as etapas são implementadas e operacionalizadas, e isso, compete a combinação de Sistemas, Processos, Pessoas e Informações confiáveis e atualizadas. E como as Soluções de Geointeligência, efetivamente, colaboram para o aumento da arrecadação nas prefeituras brasileiras? A seguir, apresentamos alguns dos principais fatores que demonstram como as Soluções de GeoInteligência apoiam as prefeituras a elevar sua arrecadação. 1 – Atualização do Cadastro Técnico Imobiliário Soluções de GeoInteligência, permitem que o Cadastro técnico imobiliário seja atualizado e mantido conforme a realidade encontrada em campo. Desta forma, o governo municipal consegue corretamente lançar tributos de forma justa e equilibrada. Sem a necessidade de direcionar equipe própria em campo, a prefeitura consegue identificar novas construções, expansão de construções e realizar o enquadramento correto do cadastro mobiliário. Isso é possível através da combinação de bases de dados e sistemas integrados, onde realiza-se por exemplo, a coleta de dados aéreos do município, fotografias 360 das vias e sistemas de Geointeligência, é possível que seja realizada a manutenção do cadastro técnico urbano, mantendo a base sempre atualizada. A melhoria na prestação deste serviço pela equipe da prefeitura, possibilita ao gestor público implementar melhorias e incentivos para os contribuintes estarem adimplentes, agilizando também os processos e fortalecendo suas secretarias. 2 – Atualização do Cadastro Técnico Mobiliário A dinâmica urbana e financeira de um município, faz com que ao longo dos anos, regiões que antes eram exclusivamente residenciais, passem a ter pontos comerciais ou escritórios para prestadores de serviço. Além disso, esta dinâmica, faz com que corredores comerciais sofram alteração do tipo de empreendimento ali localizado. Vale ainda ressaltar a abertura de novas empresas e encerramento de empresas, que gera importantes e volumosos dados para a prefeitura. O uso da Geointeligência, por meio de integração com sistemas e processos da prefeitura, assim como com dados coletados em campo, permite que a prefeitura mantenha estes dados atualizados. Vale lembrar, que diversos impostos e taxas, consideram estas informações para a formatação da alíquota, conforme estabelecido no código tributário municipal. Assim, a correta e integrada utilização dos dados e das capacidades analíticas da GeoInteligência, permitirá melhores lançamentos para a prefeitura, impactando em melhoria de arrecadação e redução da inadimplência. 3 – Atualização da Planta de Valores Genéricos A Planta Genérica de Valores – PGV é um instrumento legal das prefeituras, onde estão definidos e estabelecidos os valores unitários do metro quadrado de terreno e de construção do município, classificados por região, possibilitando assim obter o valor venal dos imóveis. Como as cidades sobrem crescimento e alteração da dinâmica urbana, realizar a atualização deste instrumento é essencial para adequar os padrões de construção e valores unitários do metro quadrado, possibilitando a correta prática da justiça fiscal. Identificar corredores especiais, áreas com valorização e melhorias de infraestrutura realizadas, são itens a serem utilizados pela GeoInteligência para a simulação de cenários para a atualização de uma PGV. Combinadas, Solução de Geotecnologias e PGV atualizada, permitem que o gestor público realize simulações, análises, crie cenários e defina indicadores de gestão, em tempo real, para melhor definição de suas ações. Vale lembrar que a atualização da PGV é item obrigatório determinado pelo Tribunal de Contas do Estado, e a falta de ações claras e efetivas para sua atualização poderá ser enquadrada como improbidade administrativa por renúncia de receita. 4 – Integração de Dados Municipais Implementar soluções tecnológicas que não se tornem